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Equipe Grano

Equipe Grano

Responsável: Comitê de Tumores Gastrointestinais Alto da SBOC
Data: 04/04/2025
Medicamento: Sunitinibe
Indicação: Tratamento de indivíduos com tumor do estroma gastrointestinal avançado ou metastático após falha ao imatinibe.

A Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer, vinculada à ONU, divulgou uma projeção indicando que o número de casos da doença deve crescer cerca de 65,7% em todo o mundo nos próximos 25 anos. No Brasil, a estimativa é de mais de 1,1 milhão de novos diagnósticos por ano nesse período — um aumento de 74,5% em relação aos números de 2025.

Em entrevista ao jornal O Globo, o coordenador do Comitê de Tecnologia e Inovação da SBOC e responsável pela unidade de pesquisa de câncer de mama do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Dr. Pedro Henrique Araújo de Souza, reforça que os anticorpos biespecíficos representam uma das abordagens mais promissoras no tratamento oncológico: “Estamos conseguindo entender melhor a biologia molecular e, com isso, identificar novos alvos para essas drogas direcionadas”.

Leia a reportagem na íntegra

De 26 de abril a 3 de maio, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) celebrará a 23ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) e a 14ª Semana Mundial de Imunização, com o tema: “Sua decisão faz a diferença. Imunização para todos”. O objetivo da ação é eliminar 30 doenças transmissíveis ou infecciosas, das quais 11 podem ser prevenidas por meio da vacinação.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) apoia a campanha e reforça o papel fundamental que a vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano (HPV), tem para a erradicação do câncer de colo do útero – o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o HPV ao menos uma vez na vida. “A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para prevenir a infecção pelo HPV desde a infância, evitando casos futuros de cânceres de colo do útero, vulva, vagina, pênis, canal anal e orofaringe”, ressalta a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira.

Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Brasil para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de pacientes imunossuprimidos — como pessoas com câncer, HIV e transplantados — até os 45 anos de idade.

 

Imunização do paciente oncológico

A SBOC, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), desenvolveu um Guia de Vacinação no Paciente Oncológico. O material reúne, em detalhes, orientações essenciais para a imunização de pessoas com câncer.

Segundo a oncologista clínica membro da SBOC e uma das autoras do Guia, Dra. Mariana Scaranti, pacientes oncológicos podem apresentar comprometimento do sistema imunológico, o que exige cuidados especiais em relação à vacinação.

“Precisamos olhar para esse paciente de forma integral, e a prevenção de doenças infectocontagiosas, por meio da vacinação, é fundamental para a promoção da saúde como um todo”, afirma.

O calendário vacinal de pessoas com câncer é um dos destaques do Guia, mas a especialista reforça que as recomendações devem ser individualizadas. “É fundamental que todo paciente oncológico consulte seu médico para entender quais vacinas são indicadas ou contraindicadas”, destaca.

A 2ª edição do Guia de Vacinação no Paciente Oncológico está disponível para consulta e download, servindo como referência para profissionais que buscam informações sobre os cuidados especiais necessários à imunização de pacientes com câncer.

Com o tema central “Direitos dos pacientes com câncer: adquiridos, mas não garantidos”, o 15º Fórum Nacional Oncoguia acontece hoje (23) e amanhã na cidade de São Paulo. Durante o primeiro dia de programação, na sessão “O tratamento do câncer no SUS: o que de fato está disponível?, o oncologista clínico e diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. André Sasse, ressaltou a necessidade da construção de padrões para incorporação de medicamentos e de cuidados oncológicos.

“Na SBOC, sempre estamos tentando de alguma forma pensar na uniformização de cuidados”, comentou. “Há alguns anos, tentamos nas Diretrizes definir algo que significasse um parâmetro mínimo do tratamento para os pacientes, mas tivemos dificuldades. O que é o mínimo que deveríamos dar a um paciente? E por que dar além do mínimo para outros?”, acrescentou.

Nesse sentido, Dr. Sasse comentou iniciativas como as da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da European Society for Medical Oncology (ESMO). Ambas as entidades organizam índices nas quais tentam graduar o valor da entrega e o valor da qualidade científica por trás dos tratamentos, com o objetivo de elaborar o mínimo que seria importante oferecer aos pacientes.

“Na SBOC, incorporamos as listas da OMS e da ESMO no Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar”, explicou o oncologista clínico. Este documento é um modelo inovador, criado pela Sociedade, para facilitar a análise de medicamentos oncológicos a serem incorporados nos sistemas público e privado, qualificando o processo de incorporação de medicamentos, promovendo um acesso mais equitativo e eficiente aos pacientes com câncer.

Apesar de considerar a incorporação um gargalo importante para o cuidado oncológico brasileiro, Dr. Sasse lembrou que a fragmentação do sistema, com cada unidade de tratamento oferecendo serviços diferentes, também é uma barreira para o cuidado contra o câncer no país.

“Temos que ter linhas de cuidado, com estrutura de financiamento que contemple tudo. Ou seja, que diga onde é a entrada, que financie adequadamente o tratamento e os médicos, com pagamento direcionado apenas para aquilo que foi incorporado de fato”, defende o diretor da SBOC.

Em sua avaliação, o atual sistema de Autorização de Procedimentos Ambulatoriais (APAC), no qual a responsabilidade de incorporação ou utilização de tecnologias está na ponta final da cadeia, não é o ideal.

Também participaram da mesa a presidente e a gerente de Advocacy do Instituto Oncoguia, respectivamente, Luciana Holtz e Helena Esteves, o ex-coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, Dr. Fernando Maia, o oncologista do Comitê Científico do Oncoguia, Dr. Fernando Korkes, a assessora técnica para câncer do Ministério da Saúde, Aline Leal, o presidente-executivo da Interfarma, Renato Porto, e o presidente da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFICC), Pascoal Marracini.

O Oncoguia é uma ONG sem fins lucrativos que atua em informação, apoio e defesa de pacientes com câncer em todo o país. O 15o Fórum Nacional Oncoguia reúne alguns dos principais stakeholders relacionados ao câncer para discussões qualificadas sobre o cuidado oncológico no Brasil e no mundo.

Durante o Abril Lilás, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de testículo, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) alerta para os sinais, fatores de risco e tratamento dessa doença, que representa de 1% a 5% do total de casos de câncer entre os homens, sendo mais prevalente na faixa etária entre 15 e 35 anos de idade.

De acordo com o oncologista clínico e coordenador do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC, Dr. Fernando Maluf, é essencial que os homens conheçam os sintomas do câncer de testículo e saibam quando procurar um especialista. “O sintoma mais comum é o crescimento progressivo de um dos testículos, geralmente percebido ao longo de semanas ou meses, podendo ou não vir acompanhado de dor ou endurecimento da região”, detalha.

Um dos principais fatores de risco está associado à atrofia testicular decorrente de um defeito na migração do testículo ainda na fase fetal. “Durante o desenvolvimento do feto, os testículos se formam na cavidade abdominal e descem para a bolsa testicular antes do nascimento. Quando isso não ocorre de forma adequada, o risco de câncer de testículo aumenta”, explica.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce é o principal aliado no combate à doença. Embora não haja um método preventivo eficaz, a realização do autoexame e a atenção a qualquer alteração testicular são fundamentais. “Nem todo aumento de volume no testículo é sinal de câncer, mas apenas um médico poderá fazer essa diferenciação com acurácia”, reforça Dr. Fernando Maluf. 

Segundo o especialista, o câncer de testículo é tratável com cirurgia e quimioterapia, e grande parte dos efeitos colaterais do tratamento é reversível. “Em casos de risco de infertilidade, podem ser indicadas medidas como o congelamento de espermatozoides antes do início da quimioterapia. A reposição de testosterona também pode ser avaliada, caso os níveis hormonais sejam impactados após a remoção do testículo”, afirma.

É comum surgirem dúvidas sobre possíveis causas da doença, mas o especialista esclarece que traumas nos testículos ou o hábito de andar de bicicleta não causam câncer. “Muitas vezes, o tumor é descoberto após uma pancada, mas ela não é a causa da doença — é apenas um evento que levou ao diagnóstico. O mais importante é que os homens estejam atentos a alterações nos testículos e procurem um médico assim que possível para uma investigação”, finaliza.

Os casos de câncer colorretal podem aumentar nos próximos anos, essa é a conclusão de um estudo da Fundação do Câncer divulgado recentemente. Em reportagem da Canção Nova, o Representante Regional da SBOC no Sudeste, Dr. Pedro Uson, comenta sobre prevenção e fatores de risco para estes tumores.

Assista na íntegra no YouTube da Canção Nova.

O Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Câncer (Consinca) realizou nesta quinta-feira, 10 de abril, em Brasília (DF), sua primeira reunião do ano. Na pauta, estiveram as principais ações desenvolvidas no ano passado pelo INCA e pela Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (CGCAN). 

Uma das autoridades presentes foi o ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, que ressaltou que o cuidado com o câncer é uma das prioridades do Governo Federal. “Estou absolutamente convencido de que temos tudo para consolidar a maior rede pública de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no mundo”, disse. “Pelo tamanho que é o Brasil, pela responsabilidade constitucional que nós temos da Saúde como direito e pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, completou o médico. 

Ele também definiu o papel do Consinca como fundamental para a construção desta rede, reunindo entidades – como as Sociedades de Especialidades – que possam municiar a pasta com as melhores evidências científicas para a construção de políticas públicas que possam fazer avançar o cenário do cuidado oncológico no país.

Coordenador-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, Dr. José Barreto Carvalheira, afirmou que o momento é de otimismo no Ministério da Saúde. “Primeiro, criamos a CGCAN, agora estamos criando uma Diretoria do Câncer. Estamos fazendo reuniões a cada 15 dias junto com o ministro da Saúde para pautar o câncer como prioridade máxima e o nosso plano operativo já está desenhado”, explicou o gestor.

Segundo a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, é muito satisfatório observar que a oncologia esteja sendo tratada com a importância que merece pelas autoridades da Saúde. “Agora temos a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e a Rede de Prevenção e Controle do Câncer (RPCC), que se bem aplicadas, poderão transformar a realidade do cuidado de tumores no Brasil”, disse. Nesse sentido, explica a oncologista clínica, a Sociedade permanece à disposição para oferecer subsídios técnicos aos gestores.

Também participaram da reunião a Diretora-Executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi; o diretor do INCA e ex-presidente da SBOC (Gestão 2003-2025), Dr. Roberto de Almeida Gil; o Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Dr. Mozart Sales; o Presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dr. Angelo Maiolino; a Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Dra. Fatima Cristina Mendes de Matos, a Presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, representantes da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), entre outros representantes de sociedade médicas e organizações da sociedade civil.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, em sua seção “Notas e Informações”, o artigo "Negligência com a saúde feminina", que traz uma análise sobre a queda nos índices de realização de mamografias e exames de papanicolau nas capitais brasileiras, mesmo após o arrefecimento da pandemia. Dados do Observatório da Saúde Pública, da Umane, revelam uma redução na realização de exames preventivos entre mulheres com 18 anos ou mais nas capitais. A porcentagem de mulheres que fizeram mamografias passou de 66,7% em 2017 para 59,8% em 2023. Esses exames são essenciais para o diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero, aumentando as chances de cura e reduzindo custos para o SUS.

Em entrevista ao Estadão, a Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, destacou a necessidade de políticas públicas eficazes para ampliar o acesso a esses procedimentos, incluindo campanhas massivas de conscientização e busca ativa das pacientes, utilizando, se necessário, até inteligência artificial.

Veja a reportagem completa no site do Estadão

Na tarde da última segunda-feira (24/03), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou uma reunião para definir que os planos de saúde devem iniciar o rastreamento do câncer de mama em pacientes a partir dos 40 anos como critério para obtenção do certificado de boas práticas.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi uma das entidades que participaram do encontro e que enviaram previamente recomendações para o rastreamento a partir dos 40 anos. A posição inicial da ANS previa mamografia apenas para mulheres a partir dos 50 anos.

Folha de S. PauloO Globo e O Estado de Minas, entre outros veículos nacionais, repercutiram a alteração.

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