Multiprofissional

Equipe Grano

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O Hospital Mario Gatti Campinas, em Campinas (SP), está buscando um oncologista clínico para integrar sua equipe às terças-feiras, das 7h às 19h, e às quintas-feiras, das 7h às 13h. Interessados devem entrar em contato em Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Em artigo publicado na sessão "Letra de Médica", da Veja, a Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, destaca os avanços apresentados no Encontro Anual da ASCO 2025 em Chicago (EUA), ressaltando tanto inovações globais quanto iniciativas nacionais inspiradoras.

Ela comenta o estudo Serena 06, que detecta temporaneamente resistência ao tratamento do câncer de mama por exame de sangue — identificando o aumento do DNA tumoral circulante — “é que consegue avaliar a eficácia do tratamento por meio de exames de sangue, ermitindo intervir no tratamento antes que o tumor avance, com potencial impacto no seguimento de outros cânceres”.

Dra. Angélica também exalta um estudo brasileiro conduzido em Itaberaí (GO), que reduziu em 50% os diagnósticos tardios de câncer de mama em mulheres do SUS, fruto da combinação entre tecnologia, capacitação comunitária e descentralização de exames. Segundo ela, “mais que uma inovação tecnológica, esse modelo demonstrou o poder do sistema de saúde quando atua de forma integrada e territorializada” . Para a presidente da SBOC, iniciativas como essas, unindo ciência de ponta e políticas públicas, “animam para que uma nova realidade abra espaço cada vez mais tangível para que mais vidas sejam salvas”.

Leia na íntegra.

Da esquerda para a direita, Dra. Angélica Nogueira (SBOC), Dr. José Barreto Campelo (Ministério da Saúde), Dra. Ana Carolina Gifoni (ReBraCH), Dra. Patrícia Ashton-Prolla (SBGM), Dr. Roberto de Almeida Gil (INCA) e Marlene Oliveira (Lado a Lado pela Vida)

O Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Câncer (Consinca) realizou nesta segunda-feira, 23 de junho, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Brasília (DF), mais uma reunião ordinária com o objetivo de assessorar o Ministério da Saúde na implementação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer. Entre os temas abordados na reunião, ganhou destaque o impacto dos fatores genéticos na epidemiologia do câncer.

Membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e Diretora-Presidente da Rede Brasileira de Câncer Hereditário (ReBraCH), a oncologista clínica Dra. Ana Carolina Leite Vieira Costa Gifoni lembrou que os cânceres hereditários correspondem a cerca de 10% dos tumores no mundo, o que, no Brasil, representa cerca de 70 mil novos casos por ano. 

A especialista explicou que a avaliação oncogenética da população deve seguir uma abordagem ampla e sistêmica. Para isso, recomenda-se a utilização de um painel multigênico, que analisa, em um único exame, diversos genes ligados ao risco aumentado para câncer. “Estudos indicam que esse tipo de exame tem o melhor custo efetividade, desde que seja focado nos genes com maior relevância clínica, permitindo decisões mais precisas”, comenta.

Segundo Dra. Ana Carolina, a avaliação oncogenética possibilita um cuidado personalizado, com medidas como rastreamento intensivo e, quando indicado, cirurgias redutoras de risco, que podem diminuir tanto a incidência quanto a mortalidade em decorrência do câncer. “Trata-se de uma ferramenta estratégica e eficaz”, enfatizou. “A oncogenética no SUS, porém, precisa ir além da tecnologia do exame. Para ser realmente efetiva, é necessário contar com uma rede nacional articulada, protocolos clínicos claros, profissionais capacitados e um modelo de atenção que garanta o cuidado integral ao paciente”, acrescentou.

Ela terminou sua fala propondo a criação de um Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de uma Linha de Cuidado Integral em Oncogenética no SUS.

A sugestão da Dra. Ana Carolina teve apoio da médica geneticista Dra. Patrícia Ashton-Prolla, membro da SBOC e da ReBraCH, mas representando na reunião a Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), e da Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira.

Dra. Angélica elogiou as constantes reuniões ordinárias do Consinca, o que demonstra o interesse da instituição em compreender cada vez mais as complexidades relacionadas à prevenção e controle do câncer no Brasil, e reforçou a importância da criação de grupos de trabalhos que possam avançar na implementação de iniciativas que respondam aos desafios apresentados e debatidos por esse Conselho.

“Assim como na estruturação de um serviço de oncogenética no SUS, a SBOC esta à disposição para prestar suporte ao Ministério da Saúde na área de assistência farmacêutica, pois desenvolvemos um Índice de Priorização de Medicamentos que pode ser usado como base para novas incorporações, ampliando o acesso da população a mais insumos oncológicos”, disse. 

Participaram ainda deste reunião do Consinca o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Mozart Salles; a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Elisa Pietro; a representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Luciana Vieira; o coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, Dr. José Barreto Campelo Carvalheira; o diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Dr. Roberto Gil; o representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Rodrigo Lacerda; a Diretora-Executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi; a Presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, entre outros representantes da sociedade civil organizada.

Apresentado no congresso da ASCO 2025, o projeto desenvolvido em Itaberaí (GO) reduziu em 50% os diagnósticos tardios de câncer de mama ao capacitar agentes comunitários de saúde para realizar exames físicos, reorganizar os fluxos dentro da rede pública e integrar ferramentas digitais como os aplicativos Rosa e RosaWatch. A iniciativa, liderada pelo oncologista, professor titular da Universidade Federal de Goiás e associado da SBOC Dr. Ruffo Freitas Júnior, é baseada em tecnologia acessível, evidência clínica robusta e uso inteligente da estrutura já existente. “É uma situação caótica: 1 em cada 2 brasileiras tem diagnóstico de câncer de mama em estágio 3 ou 4”, alerta o Dr. Ruffo.

A presidente da SBOC, Angélica Nogueira, destaca que o impacto do projeto se dá justamente por atacar esse problema com eficácia e simplicidade. “Não existe nenhuma estratégia que seja superior ao diagnóstico precoce. Em um país complexo como o nosso, é preciso priorizar estratégias como essa”, afirmou à Folha de S.Paulo. Além de aumentar as chances de cura e reduzir a toxicidade dos tratamentos, o diagnóstico precoce representa também um alívio para os cofres públicos.

Leia na íntegra.

Na última terça-feira, 17 de junho, o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial sobre o prazo indeterminado para o fornecimento de medicamento aos participantes de estudos no contexto da Lei 14.874, conhecida como Lei de Pesquisas Clínicas. Agora, a oferta será garantida por cinco anos, contados a partir da disponibilidade comercial do tratamento no Brasil, conforme texto original.

O Executivo defendia que os patrocinadores de pesquisas deveriam fornecer gratuitamente, sem limite de tempo, os métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos que se mostrassem eficazes durante as pesquisas. Após o veto, o Governo Federal será comunicado da decisão legislativa e a Lei será promulgada.

Segundo Dr. Fábio Franke, membro do Conselho Fiscal e do Comitê de Pesquisa Clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), esse veto era aguardado pelo setor e a definição deste prazo de fornecimento é um passo importante para tornar o Brasil competitivo, beneficiando tanto pacientes quanto investigadores.

“Isso abre a possibilidade do Brasil receber mais estudos clínicos. Quanto mais claras forem as regras e quanto melhor os prazos, melhor para o país. Essa decisão não retira nenhum benefício do paciente, que continuará recebendo o medicamento por até cinco anos, a partir da aprovação”, detalha o oncologista clínico.

Ele também explica que em casos específicos, onde não há terapias alternativas para o paciente, ele poderá continuar recebendo tratamento independentemente do prazo. “Se o medicamento, após cinco anos, ainda não estiver acessível para o paciente, é possível que ele continue recebendo o tratamento”, diz Dr. Franke.

A expectativa é que agora a legislação possa ser regulamentada. “Há uma possibilidade de que isso aconteça no próximo mês. Com isso, teremos uma lei ágil e moderna, tornando o Brasil protagonista no cenário da pesquisa clínica mundial”, completa Dr. Fábio Franke.

Desde o início dos debates sobre pesquisa clínica no Congresso Nacional, a SBOC desempenhou papel importante participando de audiências e consultas públicas. “Tivemos um papel ativo ao longo dos anos. Estamos muito felizes com essa lei, que reflete um dos objetivos da entidade, que é promover e divulgar a pesquisa clínica oncológica por todo o país”, afirma o oncologista da SBOC.

A oncologista clínica Dra. Rachel Riechelmann, coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais (Baixo) da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), foi eleita, em 14 de junho, diretora de Associados da European Society for Medical Oncology (ESMO). Membro da SBOC desde 2016, ela irá assumir o cargo em 1º de janeiro de 2026, atuando na posição que hoje é ocupada pelo também brasileiro e membro da SBOC Dr. Evandro de Azambuja.

Além da Dra. Rachel, irão compor a nova Diretoria da ESMO, a britânica Dra. Elizabeth Smyth, da Universidade de Oxford (Inglaterra), como diretora de Educação; e o francês Dr. Karim Fizazi, da Unversidade Paris-Saclay (França), como diretor de Políticas Públicas.

“Como diretora de Associados, meu foco será na expansão da posição da ESMO como uma Sociedade global, cuja missão é promover a equidade no tratamento do câncer. Para tanto, planejo estratégias para aumentar a associação em outros continentes, como em regiões sub-representadas como as Américas do Sul e Central, a África e a Ásia Central”, afirmou Dra. Rachel.

Atualmente, a oncologista brasileira também ocupa na ESMO as posições, entre outras, de editora-associada do ESMO Gastrointestinal Oncology Journal e do ESMO Rare Cancers Journal, e é membro do Comitê Educacional da instituição.

Dra. Rachel é, ainda, membro do Conselho Científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), do Latin American Oncology Group (LACOG) e do Instituto Oncoguia.

Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, ela fez sua residência médica em oncológica clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também realizou doutorado em medicina interna e terapêutica. Especializou em pesquisa clínica na Universidade de Toronto (Canadá) e atualmente trabalha como diretora do Departamento de Oncologia Clínica e líder do Centro de Referência de Tumores Neuroendócrinos do A.C. Camargo Câncer Center.

Dra. Aknar Calabrich (Conselheira Fiscal da SBOC), Dra. Clarissa Baldotto (Presidente Eleita da SBOC) e Dr. Guilherme Harada (Comitê de Tumores Torácicos da SBOC) comentam os destaques da área apresentados no Encontro Anual da ASCO 2025.

Dr. Duílio Rocha Filho (Diretor da SBOC), Dr. Fernando Meton (Conselheiro Fiscal da SBOC) e Dra. Maria Ignez Braghiroli (Coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais (Alto) da SBOC) comentam os destaques da área apresentados no Encontro Anual da ASCO 2025.

Dr. Alexandre Jácome (Coordenador do Comitê de Ensino da SBOC), Dra. Juliana Florinda Rêgo (Comitê de Tumores Gastrointestinais (Alto) da SBOC) e Dra. Maria Cecília Mathias (Comitê de Ensino da SBOC) comentam os destaques da área apresentados no Encontro Anual da ASCO 2025.

Dra. Daniele Assad (Diretora da SBOC), Dr. Cristiano Resende (Diretor da SBOC) e Dra. Renata Colombo Bonadio (Comitê de Tumores Mamários da SBOC) comentam os destaques da área apresentados no Encontro Anual da ASCO 2025.

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