Residentes em Oncologia

Equipe Grano

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O Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Câncer (Consinca) realizou nesta quinta-feira, 10 de abril, em Brasília (DF), sua primeira reunião do ano. Na pauta, estiveram as principais ações desenvolvidas no ano passado pelo INCA e pela Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (CGCAN). 

Uma das autoridades presentes foi o ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, que ressaltou que o cuidado com o câncer é uma das prioridades do Governo Federal. “Estou absolutamente convencido de que temos tudo para consolidar a maior rede pública de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no mundo”, disse. “Pelo tamanho que é o Brasil, pela responsabilidade constitucional que nós temos da Saúde como direito e pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, completou o médico. 

Ele também definiu o papel do Consinca como fundamental para a construção desta rede, reunindo entidades – como as Sociedades de Especialidades – que possam municiar a pasta com as melhores evidências científicas para a construção de políticas públicas que possam fazer avançar o cenário do cuidado oncológico no país.

Coordenador-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, Dr. José Barreto Carvalheira, afirmou que o momento é de otimismo no Ministério da Saúde. “Primeiro, criamos a CGCAN, agora estamos criando uma Diretoria do Câncer. Estamos fazendo reuniões a cada 15 dias junto com o ministro da Saúde para pautar o câncer como prioridade máxima e o nosso plano operativo já está desenhado”, explicou o gestor.

Segundo a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, é muito satisfatório observar que a oncologia esteja sendo tratada com a importância que merece pelas autoridades da Saúde. “Agora temos a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e a Rede de Prevenção e Controle do Câncer (RPCC), que se bem aplicadas, poderão transformar a realidade do cuidado de tumores no Brasil”, disse. Nesse sentido, explica a oncologista clínica, a Sociedade permanece à disposição para oferecer subsídios técnicos aos gestores.

Também participaram da reunião a Diretora-Executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi; o diretor do INCA e ex-presidente da SBOC (Gestão 2003-2025), Dr. Roberto de Almeida Gil; o Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Dr. Mozart Sales; o Presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dr. Angelo Maiolino; a Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Dra. Fatima Cristina Mendes de Matos, a Presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, representantes da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), entre outros representantes de sociedade médicas e organizações da sociedade civil.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, em sua seção “Notas e Informações”, o artigo "Negligência com a saúde feminina", que traz uma análise sobre a queda nos índices de realização de mamografias e exames de papanicolau nas capitais brasileiras, mesmo após o arrefecimento da pandemia. Dados do Observatório da Saúde Pública, da Umane, revelam uma redução na realização de exames preventivos entre mulheres com 18 anos ou mais nas capitais. A porcentagem de mulheres que fizeram mamografias passou de 66,7% em 2017 para 59,8% em 2023. Esses exames são essenciais para o diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero, aumentando as chances de cura e reduzindo custos para o SUS.

Em entrevista ao Estadão, a Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, destacou a necessidade de políticas públicas eficazes para ampliar o acesso a esses procedimentos, incluindo campanhas massivas de conscientização e busca ativa das pacientes, utilizando, se necessário, até inteligência artificial.

Veja a reportagem completa no site do Estadão

Na tarde da última segunda-feira (24/03), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou uma reunião para definir que os planos de saúde devem iniciar o rastreamento do câncer de mama em pacientes a partir dos 40 anos como critério para obtenção do certificado de boas práticas.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi uma das entidades que participaram do encontro e que enviaram previamente recomendações para o rastreamento a partir dos 40 anos. A posição inicial da ANS previa mamografia apenas para mulheres a partir dos 50 anos.

Folha de S. PauloO Globo e O Estado de Minas, entre outros veículos nacionais, repercutiram a alteração.

A Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, e o coordenador do Comitê de Prevenção e Rastreamento da entidade, Dr. Gilberto Amorim, estiveram na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nessa segunda-feira, 24 de março, no Rio de Janeiro (RJ), para discutir as contribuições que as Sociedades de Especialidades enviaram recentemente à instituição sobre rastreio e boas práticas oncológicas.

A partir das deliberações do encontro, nesta quarta-feira, 26 de março, as entidades que se posicionaram em relação ao rastreamento do câncer de mama lançaram uma nota conjunta reafirmando os critérios científicos defendidos e exaltando a mobilização que resultou em um marco na construção de políticas públicas para prevenir e combater o câncer de mama.

As discussões ocorrem no contexto da Consulta Pública nº 144, que trata da implementação de um Manual de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica na rede privada. Anteriormente, a ANS apresentou uma proposta versando sobre o rastreio de diferentes tumores e as Sociedades de Especialidades enviaram contribuições defendendo práticas baseadas nas melhores evidências disponíveis.

“A proposta original recomendava a mamografia bianual para mulheres de 50 anos ou mais”, lembra Dra. Angélica. “Mas defendemos o entendimento de que o exame deveria ser realizado anualmente para mulheres a partir de 40 anos, afinal mais de um terço destes tumores incidem em pacientes com menos de 50 anos”, justifica.

Conforme detalhou Dr. Gilberto Amorim, após debate e exposição de pontos de vista, foi alcançado um consenso que permitirá aos médicos da rede privada maior flexibilidade na indicação das mamografias. “O texto final resguarda o direito de o profissional decidir a periodicidade do exame com foco no grupo de pacientes entre 40 e 74 anos”, relatou.

Assinam a nota conjunta, além da SBOC, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).

 

Tumores torácicos

Outro tema que recebeu atenção especial na reunião foi o rastreamento do câncer de pulmão. A SBOC, por meio de seus representantes, apresentou recomendações para o rastreio em pacientes de alto risco, enfatizando a importância de considerar fatores relevantes, como o histórico de tabagismo e a carga tabágica.

“Essas indicações foram aceitas e os critérios estabelecidos para o rastreio foram: pacientes de 50 a 80 anos, fumantes ou ex-fumantes (que tenham parado há menos de 15 anos) com carga tabágica maior ou igual a mais de 20 anos-maço. Ficou claro para a Agência que a recomendação da SBOC era mais adequada do que a do projeto inicial, o que foi um avanço”, disse Dr. Gilberto Amorim.

O posicionamento que embasou a decisão foi produzido pelo Comitê de Tumores Torácicos da SBOC, coordenado por Dr. Vladmir Lima. “O câncer de pulmão é um problema de saúde pública no Brasil, sendo a primeira causa de morte por câncer em homens e a segunda em mulheres”, explicou. 

“Considerando que a detecção do câncer de pulmão em estádios iniciais é o principal fator associado com melhor prognóstico, consideramos um avanço crucial que a indicação da SBOC em relação ao rastreamento tenha sido incorporada pela ANS”, complementa Dr. Vladmir. 

No entendimento do oncologista clínico, essa decisão aumentará a atenção dos médicos em geral sobre a necessidade de incorporar o rastreamento do câncer de pulmão para os indivíduos de risco alto.

Segundo a Presidente da SBOC, há agora um movimento dos médicos para que novas rodadas de debate sejam organizadas entre as partes. O intuito é que haja discussões detalhadas sobre parâmetros de rastreamento para outras neoplasias, pois ainda há arestas a serem aparadas na proposta da ANS, no entendimento dos especialistas. 

Além das entidades supracitadas, também participaram da reunião representantes da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Dados do Observatório da Saúde Pública, da Umane, revelam uma queda na realização de exames preventivos entre mulheres com 18 anos ou mais nas capitais brasileiras. A porcentagem de mulheres que fizeram mamografias passou de 66,7% em 2017 para 59,8% em 2023. No mesmo período, a taxa de realização do exame papanicolau também diminuiu, de 87% para 78,9%. O câncer de mama e o câncer do colo do útero, responsáveis por mais de 25 mil mortes de brasileiras anualmente, tornam essa redução nos exames uma preocupação para especialistas.

Em entrevista ao Estadão, a Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, ressaltou que o Brasil historicamente não possui uma cultura consolidada de realização de exames preventivos. “A conscientização populacional para prevenção e rastreio não é adequada, há problemas de acesso e a pandemia não ajudou. As pessoas não voltaram à rotina que conseguíamos anteriormente. O câncer vai ser a principal causa de morte entre brasileiros em 2030.”

Veja a reportagem completa no site do Estadão

Março Lilás

Informações ao paciente Terça, 25 Março 2025 18:13

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Infográfico: Março Lilás

 

 

A Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dra. Angélica Nogueira, foi uma das palestrantes do evento “Câncer em Mulheres: vamos nos unir para vencer!”, realizado nesta segunda-feira, 24 de março, pelo Fórum Intersetorial de Condições Crônicas Não-transmissíveis (CCNTs) no Brasil. No encontro virtual, a oncologista clínica sobre as melhores estratégias para diagnóstico e tratamento dos principais cânceres femininos.

“O câncer é um problema de saúde pública que não vai parar por aqui. A projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que haja um aumento de 63% até 2040, com aproximadamente 30 milhões de casos anuais em todo o mundo”, introduziu. “A incidência entre mulheres também tem aumentado. Felizmente, cresceu a expectativa de vida das mulheres. Infelizmente, elas começaram a se expor mais a hábitos e carcinógenos aos quais não se expunham tanto, como o tabagismo”, completou Dra. Angélica.

Na sequência de sua apresentação, a especialista abordou alguns detalhes dos cânceres de mama, gastrointestinais, de endométrio e de ovário – que somam mais de 100 mil casos anuais em mulheres no Brasil.

Especificamente sobre os tumores mamários, ela reforçou a defesa da SBOC e demais Sociedades de Especialidades pela mamografia anual para mulheres a partir dos 40 anos como principal estratégia de prevenção. Este é um entendimento compartilhado pelas instituições de médicos desde 2013. Atualmente, autoridades recomendam o exame bianual para mulheres a partir dos 50.

“Cerca de um terço dos casos de câncer de mama no Brasil são em pacientes mais jovens do que 50 anos. Estivemos hoje na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para defendermos a importância da nossa recomendação. Uma melhoria necessária tanto na rede privada, quanto na saúde pública”, argumentou Dra. Angélica.

A oncologista também ressaltou que este é um momento promissor para o controle do câncer no Brasil. “Estamos discutindo nos fóruns da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e da Rede de Prevenção e Controle do Câncer (RPCC). Mas também é um desafio, pois há chance desta grande proposta não acontecer. Por isso, sociedades de médicos e pacientes tem que se organizar para levarem suas expectativas adiante”, disse a oncologista clínica.

Entre outros temas, Dra. Angélica apresentou aos presentes o Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar, documento da SBOC que pretende definir o que é prioridade para ser incorporado, a partir de análise multifatorial, cujo objetivo é auxiliar autoridades neste processo.

O Hospital Núcleo Vida, localizado na cidade de Paulo Afonso (BA), disponibiliza vaga para oncologista clínico. Atendimento de pacientes da saúde suplementar e do SUS (UNACON). São duas unidades hospitalares voltadas para a assistência aos pacientes oncológicos.

Oferecem ganhos superiores à média de mercado.

Para mais informações, entrar em contato com Abraão Costa pelo telefone (75) 98877-6060 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.