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Anvisa aprova medicamento para câncer de colo do útero avançado

Notícias Quinta, 16 Julho 2015 16:29

Pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero terão uma nova opção de tratamento no Brasil para esta necessidade médica não atendida. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a nova indicação do medicamento Avastin® (bevacizumab) para o tratamento da doença.

Trata-se do primeiro medicamento biológico que trouxe o benefício de sobrevida global e sobrevida livre de progressão sem redução da qualidade de vida das pacientes com esta doença.

A aprovação foi baseada nos resultados finais positivos do estudo independente GOG-0240, de fase III, que demonstrou que a manutenção de Avastin® (bevacizumabe) associado à quimioterapia, oferece benefícios de aumento de sobrevida para pacientes com câncer de colo do útero metastático, persistente ou recorrente. Houve redução de 26% no risco de morte e aumento de 30% na sobrevida global das pacientes tratadas com a combinação bevacizumabe mais quimioterapia (16,8 meses) versus as que receberam apenas quimioterapia (12,9 meses).

De acordo com o Dr. Paulo Mora, oncologista do INCA, o esquema com Avastin® (bevacizumabe) é uma opção valiosa para as pacientes comcâncer de colo do útero avançado, um cenário onde a escassez de opções terapêuticas destaca ainda mais os benefícios do protocolo.

O câncer de colo do útero atinge mulheres jovens no Brasil, com idade média de 49 anos. Dados do Globocan mostram que a mortalidade para esta doença no Brasil é quase duas vezes maior do que em países desenvolvidos. E de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), estima-se que no Brasil ocorram mais de 5 mil mortes por ano decorrentes do câncer de colo do útero e que, por ano, sejam diagnosticados mais de 15 mil novos casos da doença.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero é o terceiro mais incidente no Brasil, porém, na região norte é o mais incidente, à frente inclusive de outros tipos mais comentados, como o de mama. A médica Angélica Nogueira, oncologista e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos – EVA, reforça que esta é a primeira vez após quase dez anos que uma droga alvo-específico mostrou benefício em sobrevida global em câncer de colo do útero abrindo novas perspectivas para pacientes em sua maioria jovens e com possibilidades terapêuticas muito restritas.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/Manaus-Amazonas-Amazonia-Anvisa-aprova-medicamento-cancer-avancado_0_1393660646.html

Última modificação em Segunda, 05 Setembro 2016 18:59

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