Em matéria publica pelo Jornal O Globo, as farmacêuticas Moderna e MSD anunciaram o início da terceira e última etapa dos testes clínicos com o imunizante desenvolvido para o tratamento de pacientes com melanoma, tipo de câncer de pele mais letal.
O oncologista clínico e ex-presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, concedeu entrevista ao veículo e reforçou a evolução das terapias de RNAm no período pós pandemia: “Essa vacina para melanoma vem gerando uma repercussão muito grande na comunidade científica. O estudo da fase 2 demonstrou um benefício bem interessante”.
O resultado apresentado mostrou um potencial significativo durante a fase dois dos estudos, quando, em conjunto com o anticorpo monoclonal Keytruda, proporcionou uma redução de 44% nas mortes e recorrências do tumor em comparação com aqueles que somente receberam o medicamento.
Estudos revelaram resultados promissores com duas substâncias encontradas na fruta da lobeira, sugerindo que elas podem ser potenciais tratamentos contra o câncer. No entanto, é importante ressaltar que essas pesquisas ainda estão em fases iniciais, e a presença desses componentes na fruta não garante que ingerir o alimento tenha algum efeito comprovado no combate ao câncer.
É fundamental enfatizar que não há evidências científicas que corroborem tais alegações, e a busca por tratamento adequado deve sempre ser orientada por profissionais de saúde especializados. O Instituto Nacional do Câncer (INCA), esclareceu em comunicado que não existe "um único alimento com efeito milagroso capaz de prevenir ou curar o câncer isoladamente".
Em entrevista à Reuters Fact Check, a oncologista Maria Braghiroli, membro do Comitê de Tumores Gastrointestinais da SBOC, explicou que muitos tratamentos farmacológicos têm origem em substâncias encontradas na natureza. Contudo, ela afirmou que desconhece qualquer tipo de terapia contra câncer baseada na ingestão do suco ou da polpa da lobeira.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lança nesta sexta-feira, 21 de julho, o Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP). A iniciativa pretende estimular e apoiar o desenvolvimento de estudos científicos e projetos de pesquisa brasileiros com foco na diminuição das disparidades e pela equidade de acesso ao tratamento oncológico.
Presidente da SBOC e idealizador do Fundo, o oncologista clínico Dr. Carlos Gil Ferreira explica que a inciativa é um marco para além da oncologia porque impulsiona a ciência brasileira e os importantes trabalhos de pesquisa realizados no país. “Com o crescente número de casos de câncer e o avanço das terapias possíveis, o investimento em tratamento oncológico torna-se crucial e o investimento em pesquisa primordial”, comenta. “Nesse contexto, surge o FIP, que representa uma pró atividade da SBOC no estímulo à pesquisa inovadora, visando a melhoria no cuidado do paciente oncológico”, acrescenta.
O FIP-SBOC aceitará propostas de profissionais brasileiros com experiência comprovada na área e com projetos conduzidos em instituições nacionais com estrutura adequada. “Os trabalhos serão recebidos e classificados por um Comitê Avaliador técnico, nomeado pela Diretoria da SBOC, e serão julgados por originalidade, relevância científica, adequação metodológica e experiência científica prévia do candidato”, explica Dr. Carlos Gil.
Os prêmios de incentivos financeiros serão concedidos em três categorias: R$ 150 mil, R$100 mil e R$ 50 mil. Tais valores poderão financiar insumos e materiais gerais necessários para a pesquisa aprovada, bolsas de pesquisa, passagens e hospedagens para Congressos, além de realização de testes e contratação de serviços para o desenvolvimento do projeto.
As inscrições e envios dos projetos devem ser feitos neste link até o dia 22 de setembro e o resultado dos contemplados será divulgado durante o XXIV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontecerá de 16 a 18 de novembro na cidade do Rio de Janeiro.
Cronograma do FIP SBOC
Na última quinta-feira (13), instituições vinculadas à Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgaram que o aspartame, um dos adoçantes artificiais mais utilizados globalmente, é classificado como “potencialmente cancerígeno”.
De acordo com a OMS, é considerado seguro o consumo de até 40 mg/kg de peso corporal por dia. Para ilustrar, um adulto com o peso de 70 kg, considerando uma lata de refrigerante de 200 ml, contendo 200 mg de aspartame, poderia ultrapassar a dose recomendada somente após a ingestão de 9 unidades da bebida por dia.
Durante entrevista ao programa Bom dia Brasil, o oncologista Gustavo Santos, ex-presidente e membro do Comitê de Defesa Profissional da SBOC, ressaltou a importância da conscientização, mesmo diante da falta de conclusões definitivas. Ele enfatizou a importância de adotar uma dieta saudável, com baixo consumo de açúcar e adoçantes, como parte de uma boa higiene alimentar.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) se integrou como uma das instituições responsáveis pela publicação do periódico científico Brazilian Journal of Oncology (BJO). A instituição se junta à manutenção da revista ao lado das principais entidades médicas no campo da oncologia: as Sociedades Brasileiras de Oncologia Clínica (SBOC), de Cirurgia Oncológica (SBCO) e de Radioterapia (SBRT).
Com essa parceria estabelecida, o Brazilian Journal of Oncology agora conta com a contribuição do Dr. Elvis Terci Valera, mestre e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), onde também atua como docente colaborador na pós-graduação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Ele será o novo editor responsável pela área de oncologia pediátrica do periódico.
Desde janeiro de 2023, o BJO tem como editor o Dr. Auro Del Giglio, graduado e doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Professor Titular de Hematologia e Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC.
“É fundamental que todos os esforços da oncologia brasileira possam convergir para que se produza uma grande e boa alternativa de divulgação científica. É, então, com muito prazer que vemos a oncologia pediátrica se incorporar à revista, assim como a cirurgia oncológica, a oncologia clínica e a radioterapia. Dessa forma, esperamos caminhar para mais indexações e fazer da BJO um veículo ainda mais respeitado na oncologia brasileira”, afirma Dr. Del Giglio.
O periódico foi lançado em 2017 como uma publicação exclusivamente on-line e open access e tem passado por um processo de crescimento nos últimos anos, sendo consolidada em novos indexadores, como o Directory of Open Access Journals (DOAJ). A revista também é indexada nos sistemas Sumários.org e Google Acadêmico.
A SOBOPE tem como foco os profissionais da área de oncologia pediátrica e o tratamento e a prevenção do câncer em crianças e adolescentes. O apoio da entidade ao Brazilian Journal of Oncology se une ao compromisso contínuo das patrocinadoras em construir um ambiente abrangente para a pesquisa e o avanço da oncologia no Brasil, reforçando o compromisso de disseminar o conhecimento científico e contribuir na luta contra o câncer.
Mais de 6 mil representantes da sociedade civil, entidades, fóruns regionais, movimentos e organizações sociais se reuniram de 2 a 5 de junho, em Brasília (DF), para a 17ª Conferência Nacional da Saúde. Realizado a cada quatro anos, o evento tem como objetivo debater e construir conjuntamente as políticas públicas e propostas que irão nortear as ações e decisões do Governo Federal para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Após promover a 1ª Conferência Livre de Oncologia Clínica, que possibilitou a deliberação de uma proposta coletiva de acesso a antineoplásicos no SUS, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) esteve representada no evento em Brasília por sua diretora-executiva, Dra. Marisa Madi, que acompanhou de perto as discussões e a inclusão das principais sugestões da SBOC ao relatório final da Conferência.
A primeira intervenção da Sociedade foi o envio de uma diretriz, que defende viabilizar o acesso universal, integral, em tempo oportuno de forma humanizada de modo a reduzir a iniquidade e o atraso efetivo dos pacientes aos tratamentos antineoplásicos incorporados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, a entidade enviou uma proposta recomendando a compra centralizada de antineoplásicos quando há apenas um fabricante para tratamentos de até um ano; ou que o Ministério da Saúde garanta um lastro de renumeração e fiscalização em casos de compra descentralizada, com regras de financiamento estabelecidas em conjunto com a Comissão Intergestores Tripartite.
“A Conferência foi um importante processo de discussão. Um caminho oficial para nos manifestarmos e colocarmos questões importantes para a oncologia clínica no SUS. Além de registrarmos no relatório a nossa preocupação com o acesso a tratamentos, falamos também de prevenção, diagnóstico precoce e cuidados paliativos. Todas as propostas vão ser consideradas no Plano Nacional de Saúde nos próximos anos e é muito significativo ter diretrizes da oncologia incluídas”, comentou Dra. Marisa Madi.
Conforme destacou o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, a Conferência Nacional da Saúde é o final de um processo amplo e nacional que envolve mais de dois milhões de brasileiros. “Quem participa [em Brasília] são pessoas eleitas delegadas nos diversos espaços de possibilidades de opinarem e debaterem propostas. E não são só pessoas, elas vêm representar propostas e diretrizes que foram aprovadas nas conferências”, afirmou.
Moção de grupo da oncologia é aprovada
Além do envio de propostas e diretrizes, a SBOC esteve envolvida em uma discussão ampla sobre a oncologia ao lado de outras entidades. Estiveram na iniciativa representantes das Associações Brasileiras de Linfoma e Leucemia (Abrale) e de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG), do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, do Oncoguia e da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
Em conjunto, as entidades propuseram uma moção solicitando a atualização do modelo de cuidados à pessoa com câncer para garantir não somente o acesso ao tratamento, mas a prevenção, os cuidados paliativos e a melhoria da atenção oncológica no SUS de maneira geral.
O documento recebeu mais de 400 assinaturas e foi aprovado. Dessa forma, as sugestões e reivindicações do grupo de entidades serão encaminhadas à ministra da Saúde e ao coordenador-geral da Política de Combate ao Câncer e ao secretário de Atenção Especializada da pasta, além do Congresso Nacional.
SBOC esteve presente no ASCO com especialistas da oncologia clínica para acompanhar de perto as novidades do setor
O último Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), realizado no início do mês de junho, em Chicago, nos Estados Unidos, destacou novidades para o tratamento e diagnóstico do câncer, além de aspectos relacionados ao atendimento aos pacientes.
Durante entrevista concedida à revista Veja, a oncologista clínica e Presidente Eleita da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho, enfatizou os avanços significativos no tratamento do câncer de reto, entre eles um estudo apresentado que colocou à prova a combinação de radioterapia e quimioterapia após a cirurgia. Nos resultados divulgados, um grupo de pacientes que foi acompanhado apenas de quimioterapia apresentou recuperação equivalente ao grupo tratado com a combinação radioterapia e quimioterapia. “Dá para poupar esse subgrupo de pacientes de custos de radioterapia e de seus efeitos, que incluem mau funcionamento intestinal e limitações da vida sexual”, completa a especialista.
Em 30 e 31 de maio, Dr. Gustavo Fernandes, ex-presidente e membro do Comitê de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), representou a instituição nas atividades da última reunião do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada em Brasília (DF).
Na manhã do dia 31, a comitiva de médicos foi recebida para um encontro com a Bancada Médica da Câmara dos Deputados, em uma oportunidade de aproximação com os parlamentares sensíveis aos temas da saúde e da medicina.
“Tivemos a oportunidade de entender o respeito com que o movimento médico é visto pelos parlamentares. Também pudemos ver de perto as pautas que estão correndo dentro da Câmara e do Senado em relação às questões de proteção ao trabalho e à assistência médica. Foi um evento de presença política significativa”, afirmou Dr. Gustavo.
Na sequência, as atividades aconteceram na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr). Primeiro, houve uma reunião de discussão entre os representantes da AMB, das suas Federadas, das Sociedades de Especialidades e outros convidados.
Por fim, foi realizada a reunião do Conselho Deliberativo da entidade nacional. O órgão é formado por representantes da AMB, das Federadas e das Sociedades de Especialidade. Na pauta, estiveram temas como o calendário eleitoral da Associação, os projetos científicos e as ações de Defesa Profissional da instituição, temas parlamentares e prestações de contas.
“SBOC e AMB são responsáveis, em conjunto, por titular os médicos oncologistas do Brasil. Por isso, é muito importante que a Sociedade esteja presente nos encontros da Associação, como tem sido feito. Nestas atividades, tivemos a oportunidade de nos reunirmos com médicos e não-médicos que apoiam as pautas da medicina e da saúde”, completou o ex-presidente da SBOC.
O encontro foi conduzido por Dr. César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, Dr. Antônio José Gonçalves, secretário-geral, Dr. José Fernando Macedo, diretor de Defesa Profissional, Dr. Luciano Carvalho, diretor de Assuntos Parlamentares, Dr. José Eduardo Dolci, diretor Científico, e Dr. Akira Ishida, tesoureiro.
Como representante dos oncologistas clínicos do Brasil, a SBOC é filiada à AMB, colaborando com as discussões públicas e privadas de interesse da especialidade. Além disso, atualmente a Sociedade possui assentos nas Comissões da AMB de Assuntos Parlamentares, Dor, Medicina Paliativa, Editores da Revista da AMB e Valorização do Título de Especialista.
Em evento realizado nesta quarta-feira, 14 de junho, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) – Octávio Frias de Oliveira anunciou, a 7ª edição da já tradicional “Icesp Run – Corrida e Caminhada pela Saúde”, que está prevista para novembro deste ano. Em paralelo, o evento também celebrou os 15 anos da instituição, completados em 6 de maio último.
Rememorando um pouco da trajetória da corrida e caminhada de rua, Dr. Paulo Hoff, Professor Titular da Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), lembrou que a inciativa surgiu a partir da sensação de que o Icesp poderia se envolver mais com a comunidade externa, além da atuação exemplar que já mantinha em atendimento, ensino e pesquisa.
O médico, que também é presidente de honra da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), comentou que a Icesp Run também tem o intuito de estimular pacientes e seus familiares a praticarem exercícios físicos. “Afinal, nossa missão não é apenas tratar o câncer, mas evitá-lo. Estamos nos aproximando dos 700 mil casos por ano no Brasil e poucas medidas são tão eficazes para evitar a doença como a atividade física”, disse.
Tradicionalmente apoiada pela SBOC, a Icesp Run conta com diversas categorias: caminhada de 5 km, corridas de 5 km e 10 km e uma bateria infantil. Todos os anos, centenas de pacientes, familiares, médicos, colaboradores do Instituto, voluntários e atletas engajados com a causa participam do evento.
15 anos de Icesp
Em 15 anos de atividades, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo já recebeu mais de 130 mil pacientes, entre os quais aproximadamente 36 mil permanecem em atendimento. A instituição é uma das unidades do Hospital das Clínicas da FMUSP e atende exclusivamente ao Sistema Único de Saúde, sendo referência nacional e internacional em ensino e pesquisa na área oncológica.