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Equipe Grano

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Entidade alerta sobre a necessidade de reflexão acerca do financiamento do atendimento oncológico no Sistema Único de Saúde

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), entidade com mais de 2.700 membros associados em todo o país, lamenta o recente anúncio do Hospital A.C.Camargo de que a partir de dezembro deve deixar de atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) devido à defasagem no repasse da tabela SUS para consultas, procedimentos e cirurgias, o que faz com que todos os anos o hospital refira ter que aportar recursos próprios para cobrir tais serviços.

Segundo informações divulgadas pela diretoria do hospital à imprensa, o SUS paga, por exemplo, R$ 10 por uma consulta médica, enquanto os convênios privados, em média, repassam R$ 100. Já os valores das sessões de quimioterapia e radioterapia reembolsados pelo SUS são 94% e 71%, respectivamente, inferiores aos pagos pelos planos de saúde.

Presidente da SBOC, Prof. Dr. Paulo M. Hoff ressalta que “o problema observado no A.C.Camargo evidencia a necessidade de reflexão sobre o financiamento do SUS para os serviços relacionados ao tratamento oncológico no país”.

Caso seja concretizado, o fim da parceria entre o SUS e o A.C.Camargo, que é uma das principais referências no tratamento oncológico no país, resultará em uma perda significativa não somente para os pacientes que recebem tratamento na instituição, mas para pacientes de todo o Brasil.

Monkeypox e seu impacto no paciente oncológico

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Devido a fatores genéticos, exposição à poluição atmosférica e tabagismo secundário, doença em pessoas que nunca fizeram uso de cigarro é cada vez maior.

A campanha “Agosto Branco” tem por objetivo chamar a atenção da sociedade sobre a prevenção e os cuidados necessários contra o câncer de pulmão, segundo tipo de tumor que mais acomete os brasileiros. Estudos científicos mostram que o principal fator de risco para o desenvolvimento desta neoplasia é o tabagismo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão estão diretamente associados ao uso de tabaco. No entanto, tem se observado um número cada vez maior de pessoas não fumantes com a doença.

Informações do Centro para Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos (CDC) revelam que de 10% a 20% dos novos casos de câncer de pulmão têm acometido pessoas não fumantes. Estudos da mesma entidade também mostram que o tabagismo secundário é responsável por cerca de mais de sete mil casos naquele país.

“Apesar de o tabagismo ser comprovadamente uma das principais causas para o desenvolvimento do câncer de pulmão, pessoas que nunca fizeram uso de cigarros também precisam estar atentas para o desenvolvimento da doença, uma vez que o número de pacientes não tabagistas tem representado uma parcela importante entre os que sofrem com o problema”, afirma a Dra. Aknar Calabrich, médica oncologista e integrante do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Alguns dos principais fatores para o desenvolvimento do câncer de pulmão em pessoas não fumantes são:

• Tabagismo passivo (quando alguém convive com um fumante e acaba inalando a fumaça do cigarro por estar perto);
• Exposição à poluição atmosférica (problema crônico em grandes metrópoles, como São Paulo);
• Fatores genéticos;
• Infecções pulmonares de repetição;
• Doença pulmonar crônica;
• Idade avançada; e
• Exposição ocupacional a agentes químicos como gases e metais pesados.

Tanto para fumantes quanto para não fumantes, o câncer de pulmão costuma se apresentar da mesma forma, com sintomas como: cansaço; tosse; expectoração com sangue; dor no peito; dificuldade para respirar; rouquidão; perda de peso e de apetite. “Os sintomas do câncer de pulmão podem se assemelhar aos de outras doenças, por isso, é importante buscar auxílio médico imediato, caso o paciente apresente qualquer desses sinais. Geralmente os sintomas costumam aparecer quando a doença está avançada, ou seja, quando o tumor invade as estruturas próximas ao pulmão ou se dissemina para outros órgãos”, complementa Dra. Aknar.

Prevenção, diagnóstico e tratamento

A prevenção ao câncer de pulmão depende de fatores diversos. “Para prevenir o câncer de pulmão é fundamental evitar o tabagismo, a exposição a gases e substâncias químicas de teor tóxico e à poluição atmosférica. Além disso, alguns pacientes acima de 50 anos e com história de tabagismo têm indicação de fazer tomografia de tórax de rastreamento. Se um tumor for detectado precoce, maiores são as chances de cura com o tratamento”, comenta Dra. Aknar.

O diagnóstico do câncer de pulmão é feito por meio de exames de imagem como tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e PET/CT (tomografia por emissão de pósitrons), além da biópsia por métodos como broncoscopia. “O tratamento do câncer de pulmão envolve profissionais de equipe multidisciplinar e varia de acordo com o tipo e tamanho da doença, podendo ser por meio de cirurgia para remoção do nódulo ou de partes do órgão, radioterapia, quimioterapia ou terapias-alvo, ou a combinação dessas modalidades. Somente com o diagnóstico preciso e noção de estágio da doença é possível direcionar cada caso”, finaliza a médica.

Confira mais detalhes sobre o Câncer de Pulmão no infográfico da SBOC, disponível para download aqui.

Produção científica brasileira no ASCO 2022

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'Na última sexta-feira, 22 de julho, o Fórum DCNTs lançou a carta aberta “Baixíssima Cobertura Vacinal Ameaça Saúde Coletiva e Pessoas com CCNTs [condições/doenças crônicas não-transmissíveis]”. O documento foi assinado por mais de 30 instituições do setor de saúde, entre as quais a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O material foi veiculado como um chamado à ação, cujo intuito é mobilizar diferentes stakeholders dos setores público, privado e terceiro setor, como forma de reverter a perigosa situação atual da baixa cobertura vacinal no Brasil, um quadro que se agravou ainda mais durante a pandemia de Covid-19.

No que tange à oncologia, o texto relembra que os pacientes com câncer são mais vulneráveis às infecções que a população geral, uma vez que a imunodepressão, frequentemente presente nesta população, compromete a resposta imune. É o caso também de portadores de asplenia, doenças inflamatórias crônicas, transplantados, infectados por HIV e outras condições.

A redução da vacinação contra o HPV, para qual chama atenção o manifesto, deve ser outro ponto de extrema importância para os oncologistas. Isso porque, no médio e longo prazo, isso pode significar um aumento significativo do contingente de indivíduos desenvolvendo câncer de colo de útero.

Em 2020, durante a pandemia, a primeira dose da vacina contra o HPV foi aplicada em cerca de 70% das meninas de 9 a 15 anos e em pouco mais de 40% dos meninos de 11 a 14 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações. Já para a segunda dose, os índices foram ainda mais baixos, de 40% e 30%, respectivamente.

Confira a íntegra do material clicando aqui. O Fórum DCNTs é uma entidade que reúne lideranças dos setores público, privado e terceiro setor para o combate à principal causa de mortes precoces no país: as doenças crônicas não-transmissíveis. Trata-se de uma iniciativa contínua através de plataformas digitais e reuniões semestrais, com mais de 100 instituições participantes.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica anuncia os integrantes da Comissão Eleitoral para as eleições da gestão que se inicia em 2024. Mais detalhes sobre o processo serão divulgados ao longo dos próximos dias. Confira os membros:


Comissão Eleitoral

Dr. Jorge Sabbaga (Presidente)
Dra. Clarissa Maria de Cerqueira Mathias (1ª Secretária)
Dr. Gustavo dos Santos Fernandes (2ª Secretário)

Até o próximo dia 18 de agosto, o XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica – o SBOC 2022 – recebe submissões de trabalhos científicos nas mais diferentes áreas a serem discutidas durante o evento, que ocorrerá no Rio de Janeiro (RJ), entre 3 e 5 de novembro. Neste ano, há algumas novidades nas regras.

A sessão de pôsteres terá tratamento especial, valorizando a contribuição de todos os pesquisadores. Será reservado um período para que os autores expliquem os artigos e discutam os resultados com os congressistas. Tudo isso em um modelo “Happy Poster” – ou seja, com comes e bebes tipicamente cariocas, tornando este encontro científico um momento especial.

Como de costume, os melhores trabalhos enviados serão apresentados em uma sessão plenária, no mesmo espaço onde estarão os principais palestrantes e convidados internacionais, reunindo toda a comunidade do SBOC 2022 para prestigiar as contribuições admitidas. Haverá, ainda, premiação de R$ 5.000 para o melhor trabalho, que será selecionado pela Comissão Científica.

Segundo Dr. Jorge Sabbaga, coordenador da Sessão de Pôster do Congresso, a produção científica brasileira oncológica tem crescido nos últimos anos em decorrência do incremento da quantidade e da qualidade dos programas de residência médica em oncologia clínica.

“Isso tem sido verificado pelo aumento gradual de trabalhos produzidos no Brasil e apresentados em congressos internacionais. No país, a SBOC é o fórum mais importante para a divulgação dos artigos científicos. É muito importante que a ciência produzida aqui seja apresentada durante o SBOC 2022”, explica Dr. Sabbaga, que também é editor-chefe do Brazilian Journal of Oncology.

Para submeter o resumo do trabalho, o autor responsável precisa estar inscrito no Congresso. O envio é feito pela área restrita do congressista. Os resultados das seleções dos trabalhos serão divulgados neste ambiente no dia 3 de outubro. Em 2022, não serão aceitos relatos de caso.

O SBOC 2022
Além das mudanças nas regras e na apresentação dos pôsteres, o XXIII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica será 100% presencial, representando o grande reencontro dos especialistas brasileiros. Essa edição marca outra importante novidade na organização do evento, que agora será anual e não mais a cada dois anos.

Essa decisão foi tomada para acompanhar o dinamismo com que as revoluções do conhecimento científico e da prática clínica acontecem ao redor do mundo; e também como consequência natural da consolidação da SBOC como um dos principais agentes mobilizadores dessa rede que envolve oncologistas, médicos de outras especialidades e profissionais de outras áreas, gestores, formuladores de políticas públicas, indústria etc.

As inscrições para o SBOC 2022 já estão abertas. Associados da SBOC contam com preços especiais, bem como os médicos associados às instituições apoiadoras. O Congresso acontecerá no Windsor Convention & Expo Center, no Rio de Janeiro (RJ), entre 3 e 5 de novembro. Inscreva-se já!

O brasileiro Dr. Evandro de Azambuja foi eleito nessa quinta-feira, 30 de junho, diretor de Associados da European Society for Medical Oncology (ESMO). O oncologista clínico do Instituto Jules Bordet de Bruxelas (Bélgica) ocupará o cargo durante o biênio 2023/24, a partir de 1º de janeiro do próximo ano.

Também ingressarão na instituição, como membros da nova diretoria, o Dr. Fabrice André, líder da Divisão de Pesquisa do Gustave Roussy Cancer Campus (França), que ocupará a função de novo presidente da ESMO, a Dra. Nadia Harbeck, do Breast Centre da Ludwig Maximilian University (Alemanha), que será a diretora de Educação, e o Dr. Jean-Yves Blay, do Centre Leon Berard (França), diretor de Políticas Públicas.

“O foco da minha missão é aumentar, ainda mais, a visibilidade da ESMO em diferentes países, trabalhando em estreita colaboração com os Comitês de Associados, Jovens Oncologistas e de Mulheres da Oncologia”, declarou Dr. Azambuja.

O oncologista clínico, que também é membro da Belgian Society of Medical Oncology (BSMO) e da American Society of Clinical Oncology (ASCO), enfatizou ainda que irá promover a ESMO enquanto mantém em mente a diversidade e a defesa do tratamento do câncer amplo e igualitário para todos os pacientes, independente de onde vivam.

Currículo
Pela segunda vez na diretoria da ESMO, a primeira foi em 2018, Dr. Azambuja é membro do Conselho e do Comitê de Fellowship da entidade desde 2019. Também já fez parte dos Comitês de Jovens Oncologistas e de Imprensa & Mídia, entre outras posições.

Antes disso, o gaúcho de Caxias do Sul graduou-se em Medicina na Pontifícia Universidade Católica de seu estado, em 1995, e especializou-se em Medicina Interna e em Oncologia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre 1996 e 2000.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, defendeu seu mestrado, em 2002, e seu doutorado, em 2007. Mais recentemente, em 2015, foi novamente titulado como doutor na Université Libre de Bruxelles (Bélgica).