Portal SBOC

Equipe Grano

Equipe Grano

Na última quinta-feira, 2 de fevereiro, o deputado federal Weliton Prado apresentou requerimento para retomar as atividades da Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil na Câmara dos Deputados. O pedido, agora, aguarda apreciação e autorização do presidente da Casa, o deputado Arthur Lira.

Esta Comissão existiu entre 2021 e 2022 e contou com diversos debates e audiências públicas em que representantes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) estiveram presentes. Ao fim da última legislatura, por uma questão regimental, o grupo de trabalho foi encerrado com a apresentação de um relatório sobre a prevenção, o rastreamento, o diagnóstico e o tratamento do câncer no país.

Em sua justificativa, o parlamentar lembra que a criação deste comitê foi uma ação inédita na Câmara, tendo representado um marco nas ações de enfrentamento do câncer, um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil, com estimativas preocupantes para os próximos anos.

“A quantidade de diagnóstico tardio é altíssima e resulta em aumento dos casos avançados e da mortalidade. Muitas pessoas estão morrendo quando poderiam viver. Há muita demora e não cumprimento das leis que preveem, no máximo, 30 dias para o diagnóstico e 60 dias para iniciar o tratamento”, escreve Weliton Prado.

Segundo o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, a entidade acompanha com interesse este requerimento, tendo sido parte integrante de muitas das discussões ocorridas no Parlamento nos últimos dois anos e municiando os deputados com a expertise – nos diferentes campos do cuidado oncológico – de seus mais de 2.800 associados.

“O trabalho da Comissão, na última legislatura, foi muito importante para obtermos um panorama dos desafios do combate ao câncer no Brasil. Por isso, a SBOC permanece à disposição para contribuir com as autoridades no debate sobre o enfrentamento dos tumores, na busca de que as recomendações do último relatório possam ser efetivadas com eficiência e que novas soluções sejam encontradas”, comenta Dr. Carlos Gil.

Relatório da última legislatura

O documento apresentado em dezembro de 2022 aponta que o Brasil conta com uma série inaceitável de dificuldades e gargalos envolvendo o tratamento dos tumores, sendo “claro que ocorrem mortes e sequelas que poderiam ser evitadas, devido a uma ineficácia do combate ao câncer em todas suas etapas – prevenção, rastreamento, diagnóstico e tratamento”.

Os autores recordam, ainda, que as neoplasias têm impacto relevante na saúde pública brasileira, sendo a segunda maior causa de morte na população. Por isso, indicam a necessidade de acompanhamento especial do poder público em relação ao tema, com uma atuação integrada e eficaz para mitigar os problemas supracitados e garantir tratamentos adequados e oportunos, sobretudo, nos tempos atuais em que a situação foi agravada pela pandemia de Covid-19.

O Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado neste sábado (04), reforça a importância da conscientização da sociedade sobre os vários tipos de câncer, como o do sangue. Para falar sobre o assunto, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou Carlos Gil Ferreira.

Confira o depoimento na íntegra:

Mais de setecentas mil pessoas vão morrer de câncer no Brasil, este ano. Hoje, no Dia Mundial de Combate ao Câncer, os médicos têm uma mensagem de esperança: a segunda doença que mais mata no país pode ser evitada e tem cura em grande parte dos casos.

São diversos os avanços nos últimos anos que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Novos remédios, tipos de cirurgia, e tratamentos, como terapias celulares. Mas muitos desses novos tratamentos ainda são caros e inacessíveis para boa parte da população. Além disso, fora dos grandes centros, é mais difícil fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento no momento adequado.

Confira o depoimento do Dr. Jácome na íntegra:

Até 31 de julho de 2023, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina (CFM/CRMs) concederão gratuidade para a obtenção do Registro de Qualificação de Especialidade Médica (RQE), documento que comprova a capacitação dos médicos em uma especialidade. A campanha começou em 1º de fevereiro e é válida nos Conselhos de todos os estados brasileiros.

Têm direito ao benefício todos que tenham o certificado de conclusão da Residência Médica expedido por uma instituição credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e conferido pelo Ministério da Saúde (MEC); ou Título de Especialista, físico ou eletrônico, emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB).

O requerimento deve ser feito por meio do site do CRM de inscrição do interessado. No Portal de Serviços para pessoas físicas, basta clicar no campo relacionado ao registro de especialidades e anexar os documentos solicitados, sem emissão de boleto para pagamento. Em caso de aprovação, o médico deverá ligar ao Conselho para agendar atendimento presencial para concluir o processo.

O RQE é um complemento ao CRM e, segundo o Código de Ética do CFM, o documento é obrigatório para que um médico se divulgue como especialista em uma determinada área. Também é uma forma de o Conselho garantir que os profissionais estão oferecendo apenas o atendimento para o qual foram treinados, com controle mais efetivo de quem são os especialistas no país.

Para mais informações, acesse o site do CFM.

Acompanhamento multidisciplinar ajuda a proporcionar conforto e qualidade de vida aos pacientes

O câncer é caracterizado pelo crescimento exagerado e desordenado de células. Geralmente, é uma doença que compromete a qualidade de vida do indivíduo. Nesse caso, os cuidados paliativos podem ser indicados, pois oferecem uma série de benefícios para o paciente durante o período de enfrentamento da doença.

[...]

No caso de câncer de pulmão avançado, por exemplo, o oncologista torácico Carlos Gil Ferreira, explica que um tratamento sistêmico (quimioterapia, imunoterapia e terapia direcionada), radioterapia e cirurgia podem ser usados paliativamente para retardar a propagação da doença e controlar sintomas como dor ou falta de ar.

"Se houver um acúmulo de líquido nos pulmões, por exemplo, vários procedimentos podem drenar o líquido e ajudar a evitar que ele se acumule novamente", afirma o médico, presidente do Instituto Oncoclínicas e da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC).

Leia a reportagem na íntegra no Terra.

Diagnosticada com câncer de pulmão, a jornalista morreu na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Especialista comenta

Em 2019, Glória Maria, que morreu na manhã desta quinta-feira 2, no hospital CopaStar, da Rede D'Or, no Rio de Janeiro, foi diagnosticada com câncer de pulmão. Na época, ela se submeteu a uma imunoterapia com sucesso, até que em novembro do mesmo ano, sofreu uma metástase no cérebro, que originou uma lesão expansiva cerebral, mostrada em uma ressonância magnética e totalmente retirada por meio de cirurgia. Mas os novos tratamentos não avançaram e a metástase retornou. “Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã”, informou a TV Globo em comunicado.

A principal característica do câncer do pulmão é o desenvolvimento de metástases – quando o câncer se espalha e evolui no organismo –, já que os pulmões são órgãos ricamente vascularizados tanto pela circulação sanguínea como pela linfática, o que favorece essa “viagem” das células cancerígenas para outras partes do corpo. E o cérebro é um local extremamente comum para a metástase de câncer de pulmão. “É um órgão chamado de ‘santuário' porque muitos medicamentos não chegam até o cérebro. Essas metástases têm que ser tratadas com radioterapia”, diz Clarissa Mathias, oncologista do grupo Oncoclínicas e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

Leia a reportagem na íntegra na Veja.

No próximo sábado, 4 de fevereiro, diversas instituições ao redor do mundo chamam a atenção para o Dia Mundial do Câncer – data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) para conscientizar a população sobre esse conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Apesar dos inúmeros avanços da medicina, estudos preveem¹ que, até 2030, os diversos tipos de cânceres ultrapassarão os problemas cardiovasculares, chegando ao posto de principal causa de morte por doença em todo o mundo.

No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão é de 704 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025², sendo os tipos mais incidentes os cânceres de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelo câncer de mama (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita a data para alertar a população e os tomadores de decisão sobre as medidas de prevenção, rastreio e tratamento do câncer cientificamente eficazes. “Se identificado em estágios iniciais, vários tipos de câncer podem apresentar boas chances de cura”, lembra o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira.

Desde sua criação, a SBOC tem atuado em diferentes frentes como incentivo à formação e à pesquisa na área oncológica, educação continuada de médicos e outros profissionais que atuam contra o câncer, políticas de saúde, defesa profissional, relações nacionais e internacionais.

A entidade produz e atualiza anualmente Diretrizes com recomendações terapêuticas inteiramente baseadas em evidências clínicas e direcionadas aos médicos oncologistas, assim como materiais informativos sobre prevenção do câncer para a população em geral.

“Embora as causas do câncer sejam multifatoriais, sabemos que existem diversas medidas eficazes de redução do risco, como proteger-se do sol em excesso, controlar a obesidade, praticar atividade física, vacinar-se contra o HPV, evitar o tabagismo e o consumo exagerado de álcool e alimentos ultraprocessados”, enfatiza o presidente da SBOC. “Ao estimularmos essas práticas preventivas, contribuímos para diminuir o surgimento de novos casos de câncer e, consequentemente, o número de mortes”, acrescenta.

O especialista defende também mais agilidade nos atendimentos oncológicos no sistema público de saúde. A Lei 13.896/19, por exemplo, assegura aos pacientes com suspeita de câncer o direito à realização de exames no prazo máximo de 30 dias no Sistema Único de Saúde (SUS), e um adendo à essa lei estipula o início do tratamento em no máximo 60 dias a partir do diagnóstico. Porém, ainda não vemos essas medidas sendo realizadas na prática em todo o país. “Há muitos entraves que impedem a rapidez no atendimento ao câncer – uma doença que não pode esperar”, comenta Dr. Carlos Gil.

Um estudo divulgado no The British Medical Journal, de 2020, revelou que, a cada quatro semanas de atraso no tratamento do câncer, o risco de morte aumenta em até 13%. “Com uma nova gestão do Ministério da Saúde, nossa esperança é a de que o governo federal trabalhe com um olhar especial para a área da oncologia, garantindo a incorporação e a aplicação de novas terapias para enfrentamento da doença em todo o território nacional”, afirma o oncologista clínico.

 

Referências
¹Câncer. World Health Organization. Acesso em 31/01/2023 - https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cancer
² INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Inca. Acesso em 31/01/2023 - https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025#:~:text=S%C3%A3o%20esperados%20704%20mil%20casos,cerca%20de%2070%25%20da%20incid%C3%AAncia.

Causa da morte de Gloria Maria foi divulgada nesta quinta-feira; tratamento deixou de fazer efeito nos últimos dias.

A consagrada jornalista brasileira Gloria Maria, que participou dos programas Fantástico e Globo Repórter, da TV Globo, além de ter sido repórter da emissora, morreu nesta quinta-feira, aos 73 anos, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Gloria foi diagnosticada com câncer de pulmão há quatro anos, que teve um tratamento bem sucedido, porém enfrentava metástases recentes do tumor no cérebro.

[...]

Porém, no mesmo ano, após sofrer um desmaio, Glória descobriu uma metástase do câncer no cérebro. O quadro grave ocorre quando as células cancerígenas progridem, entram na corrente sanguínea, e atingem outros órgãos além do original da doença, explica o diretor médico de Oncologia e Hematologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo William Nassib William Junior, coordenador do comitê de tumores torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

— O câncer em geral nasce em algum órgão, o que chamamos de sítio primário. Quando ele está apenas ali, ele está em estágio inicial. Mas sem tratamento, ele cresce e começa a se espalhar. No caso do de pulmão, isso começa pelos gânglios que estão próximos, o que chamamos de uma metástase regional. Em seguida, se espalha para um outro órgão, que chamamos de metástase a distância. Nesse caso ele sai do sítio inicial e vai parar em outro lugar, e os que o câncer de pulmão mais gosta são o outro pulmão, o osso, o fígado, a glândula suprarrenal e o cérebro. Mas pode acontecer com qualquer outro órgão — afirma o médico.


Leia a reportagem na íntegra no site do jornal O Globo.

A partir da formação da nova Diretoria da SBOC, os Comitês Temáticos e de Especialidades - grupos formados por associados para responder a diferentes demandas relacionadas à prática oncológica – foram reformulados. As principais novidades estão na criação de cinco comitês diferentes: Comitê de Políticas Públicas (antes atrelado ao de Defesa Profissional), Comitê de SUS e Práticas Independentes, Comitê de Sarcomas (antes atrelado ao de Tumores de Pele), Comitê de Jovens Oncologistas e Comitê de Diversidade.

Ao todo, são 22 Comitês, somando 105 associados de dez estados brasileiros. Eles irão prestar suporte à Diretoria da SBOC na criação de projetos e ações da área educacional, na elaboração de materiais, campanhas e iniciativas relacionados ao seu tema de atuação, como porta-vozes junto à imprensa, assim como representando a entidade em reuniões com órgãos governamentais ou com outras Sociedades médicas.

“Os Comitês são de suma importância para que a SBOC consiga cumprir suas missões estratégicas em prol dos oncologistas e seus pacientes”, avalia a diretora-executiva da entidade, Dra. Marisa Madi. “Para 2023, demos um passo adiante, expandido a atuação dos comitês para novas áreas, como SUS, jovens oncologistas e diversidade. Com isso, conseguiremos expandir e integrar cada vez mais a pluralidade presente na prática clínica oncológica no Brasil”, acrescenta.

Comitês SBOC 2023

Confira a lista completa dos Comitês para este ano. Para conhecer os membros de cada um deles, clique aqui.

  • Comitê de Tumores de Cabeça e Pescoço
  • Comitê de Tumores Gastrointestinais Alto
  • Comitê de Tumores Gastrointestinais Baixo
  • Comitê de Tumores Geniturinários
  • Comitê de Tumores Ginecológicos
  • Comitê de Tumores Mamários
  • Comitê de Tumores de Pele
  • Comitê de Sarcomas
  • Comitê de Tumores do Sistema Nervoso Central
  • Comitê de Tumores Torácicos
  • Comitê de Oncogenética e Oncogenômica
  • Comitê de Pesquisa Clínica
  • Comitê de Defesa Profissional
  • Comitê de Políticas Públicas
  • Comitê de SUS e Práticas Independentes
  • Comitê de Ética
  • Comitê de Ensino
  • Comitê de Relações Internacionais
  • Comitê de Lideranças Femininas
  • Comitê de Cuidados Paliativos e Suporte
  • Comitê de Jovens Oncologistas
  • Comitê de Diversidade

Pesquisadores identificaram que elas encolhem para se adaptar; medicamentos poderão ser desenvolvidos para atingir as proteínas que regulam o tamanho dessas estruturas

Segunda maior causa de mortes no mundo, os casos de câncer devem aumentar nos próximos anos e ultrapassar as doenças cardiovasculares até 2030, assumindo a liderança, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora os tratamentos tenham avançado, o combate ao diagnóstico, especialmente em casos mais agressivos, ainda é difícil devido a fatores como a diversidade genética dos tumores, o local onde se encontram e a forma como evoluem.

Agora, um novo estudo, publicado na revista científica Science Advances, descobriu que as células cancerígenas podem mudar de tamanho para resistir a terapias e sobrepor barreiras para sua sobrevivência. O mecanismo abre portas para uma nova visão no entendimento dos tumores, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e do Instituto Oncoclínicas, Carlos Gil.

— O estudo é de fato uma grande novidade no entendimento da biologia do câncer, ou seja, como essas células se comportam. Nós buscamos sempre entender esses mecanismos de proliferação das células malignas, como elas se dividem de forma diferente das normais e se disseminam, para que possamos desenvolver novos tratamentos eficazes em controlar isso. Entender que existe essa mudança no tamanho é importante e pode significar o desenvolvimento de novas armas no futuro — diz o oncologista.

Leia a reportagem na íntegra no site do jornal O Globo.