A SBOC criou, em 2024, um modelo inovador no país para facilitar a análise de medicamentos oncológicos a serem incorporados no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde suplementar. Denominado por “Índice de Priorização de Medicamentos para Incorporação no SUS e Saúde Suplementar”, o documento foi desenvolvido com o objetivo de qualificar e facilitar o processo de incorporação de medicamentos, promovendo um acesso mais equitativo e eficiente aos pacientes com câncer.
Em agosto de 2025, o documento foi atualizado com base nas experiências de aplicação durante o primeiro semestre de 2025, no avanço das evidências científicas disponíveis e nas contribuições recebidas de diferentes atores do ecossistema oncológico brasileiro. O objetivo desta revisão é aprimorar a clareza, aplicabilidade e transparência do índice, reforçando seu caráter técnico e seu uso como instrumento de apoio à tomada de decisão.
Como funciona o Índice?
O documento reflete o compromisso da entidade com a transparência e a excelência técnica no processo de adesão de uma nova terapia ao leque de possibilidades para o tratamento contra o câncer no Brasil.
O Índice destaca os critérios que orientam a priorização: benefício clínico, observância à lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS), necessidade
clínica não atendida, parâmetros de custo-efetividade e impacto orçamentário.
A aplicação do Índice permitirá que a SBOC identifique, com mais praticidade, quais medicamentos têm alto impacto clínico e econômico e devam ter suas incorporações defendidas estrategicamente pela entidade.
Ao aplicar o índice às diretrizes específicas por tumores, a SBOC reforça seu papel como protagonista na identificação de lacunas no acesso a tratamentos essenciais e no apoio à incorporação responsável de tecnologias. Essa abordagem também permite uma atuação alinhada aos princípios do SUS e às demandas da saúde suplementar, consolidando a posição da SBOC como referência técnica e científica no campo da oncologia.
A implementação do Índice será acompanhada de monitoramento contínuo, avaliações regulares e ajustes necessários para garantir sua efetividade e alinhamento às necessidades dos pacientes e do sistema de saúde como um todo.